Testículos não
descidos Perguntas mais freqüentes |
1. Por que algumas
crianças nascem sem os |
||
Prematuridade - na
criança que nasceu antes de completar 9 meses de
gravidez, pois não houve tempo de completar a descida
dos testículos. A descida testicular pode se completar nos
primeiros meses após o nascimento. Criptorquia são testículos que não completaram sua descida, permanecendo dentro da barriga (abdominais) ou no canal inguinal. Testículos ectópicos = aqueles que durante a sua descida se desviam da rota principal do músculo que os direcionaria até a bolsa escrotal, e fixam-se na raiz da coxa, períneo, pênis, no outro lado da bolsa escrotal ou na região inguinal, mais superficiais. Testículos retrateis ou migratórios - aqueles testículos que sob estímulos (frio, estresse, ...) são tracionados para a região inguinal (virilha) por um músculo (cremaster) hiperativo, mas que voltam para a bolsa escrotal (saco) e permanecem lá ao serem aquecidos num banho de assento ou quando o médico os puxa suavemente para dentro da bolsa escrotal,. A grande maioria destes testículo posicionam-se definitivamente na bolsa escrotal quando o paciente atinge a adolescência, sem prejuízo de sua função. Anorquia - é a não formação do testículo, portanto ele não existe, mas o outro sendo normal, poderá assumir as funções de produzir hormônios e espermatozóides, permitindo a masculinização e fertilidade. Ausência do testículo, que após ter sido formado, nalgum momento da vida (antes ou depois do nascimento) sofreu um Torção do testículo, e necrosou. Figura 1 - Testículos não
descidos. |
2. Como ocorre a formação dos testículos? |
|
É em
mecanismo complexo, não totalmente esclarecido e podemos
tentar resumi-lo assim: Entre a 7ª e a 8ª semanas de vida fetal (durante a gravidez) desenvolve-se a 1ª condensação de células do testículo, que crescem perto de onde serão os futuros rins do menino. Entre o 6º e o 8º mês de gestação o testículo desce em direção a bolsa escrotal, dirigido por um músculo e incentivado por hormônios, de tal modo que aproximadamente 70% das crianças prematuras (7 meses de gestação), e 95% das nascidas a termo, na época prevista (40 semanas de gestação) já tem seus testículos no escroto. |
3. Testículos não descidos são uma doença familiar? |
|
Existe uma
anomalia genética multifatorial implicada, mas somente
12 a 15 % dos pacientes tem história familiar. Filhos de pais com Testículos não descidos tem 4 % de possibilidade de terem a mesma doença Gêmeos tem 10 % possibilidade de terem a mesma doença. |
4. Existe tratamento clínico
para |
|
Não
resolve e pode complicar o uso de massagens, exercícios.
Nunca faze-los! O uso de hormonios pode ser útil em alguns casos selecionados, e sob cuidadosa orientação médica |
5. Por que é
necessária a cirurgia para |
||
Para seu perfeito desenvolvimento o
testículo necessita de uma temperatura 2 - 3 graus
Celsius inferior ao do corpo humano, o que ocorre na
bolsa escrotal. Portanto se o testículo não descer
espontaneamente, ou não for colocado cirurgicamente no
escroto até os 2 anos de idade ele começa a sofrer as
conseqüências desta temperatura mais alta e não vai se
desenvolver normalmente, podendo ser causa de:
|
||
Figura 2 - Torção de Testículo extra-vaginal (ocorre mais em recém nascidos) | Figura 3 - Torção de Testículo Intra-vaginal (ocorre mais na adolescência) |
6. Qual a idade ideal para o tratamento cirúrgico? |
|
A idade
ideal é entre 1 e 2 anos de idade, porque:
|
7. Videolaparoscopia é usada
para |
|
O
tratamento cirúrgico por videolaparoscopia é muito
útil nos casos em que o testículo não é palpável,
nem visualizado na ecografia, e portanto pode estar alto,
dentro do abdômen. Serve para:
|
8. E a cirurgia e o pós-operatório, como são? |
|
Semelhantes ao da correção cirúrgica da hérnia inguinal (LEIA MAIS NO TIRA-DÚVIDAS SOBRE HÉRNIA INGUINAL), somente que a cirurgia dura um pouco mais. E dói um pouco mais no pós-operatório, por ter manipulado mais o testículo e termos também uma incisão no escroto. |
Bibliografia
- "Cirurgia Pediátrica" Maksoud, J. G. e colaboradores 1998 editora RevinteR
- "Clinical Pediatric Urology" Kelalis,P.P.; King, L.R. e Belman, A. B.3ª edição 1992 B. Saunders
- "Pediatric Surgery"- Ashcraft, Keith e Holder, Thomas e colaboradores 2.000 B. Saunders
- "Pediatric Urology"- ODonnell, B.; Koff, S. A. e colaboradores 3ª edição 1997 Butterworth
- "Diagnóstico Cirúrgico para o pediatra" Leite, C. S. e colaboradores - 1999 editora RevinteR
DR.
LIONEL LEITZKE e-mail: lionel@uroped.com.br
Consultório:
rua Mostardeiro 157 - conj. 406
90430-001 - Porto Alegre - RS - Brasil
fone: (0xx51) 3222-4227 - fax: (0xx51) 3346-2907
Cirurgião Pediátrico Geral e Urologista Pediátrico